segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sem preconceito



O centro de São Paulo ficou ontem mais colorido e divertido, o lugar onde as máquinas sempre predominam foi substituído por vida! Tinha gente de tudo que é jeito. Era poético, inspirador, bonito de se ver.

A Parada Gay é um dos poucos eventos que consegue parar São Paulo e tornar a vida dos motoristas um tanto (mais) difícil. As ruas ficam fechadas pras pessoas durante todo o percurso (que não é nada modesto) o domingo inteiro: um pedaço da nove de julho, avenida paulista (inteira), rua da consolação e algumas paralelas.

Caminhar/pedalar por ali sem a presença massacrante dos automóveis faz qualquer um enxergar e ouvir a cidade de outra forma, sobre um novo ângulo. As ruas estavam entupidas de pessoas, muito colorido, música, animação e, claro, bebuns!!



Um mar de gente gritando por 'mais cidadania e menos homofobia' - o que me remetia ao lema cicloativista de 'menos carro, mais bicicleta'. Uma big massa crítica manifestando pelos direitos homosexuais. Bonito por um lado, mas triste por outro.

A quantidade de sujeira e péssimo cheiro de mijo me despertavam o tempo todo: "Sim, isso é Brasil!". É impressionante como a pouca educação e senso de coletividade são regras em grandes eventos. Sendo que definitivamente não precisava!

Ao final da Parada Gay, umas 19h, vários carros de limpeza tentavam amenizar o estrago, mas nem a água desperdiçada pra 'higienizar' as ruas foi suficiente. Quem passou pela Paulista hj notou os pacotes de camisinhas 'enfeitando' as calçadas e portas de loja.




E pobre da natureza, sempre sofre, sempre ela!
Mas o melhor momento pra mim foi subir a Consolação, de roda fixa, na contramão e perceber que ela é bem menos íngrime que a Rua Augusta, mas o luxo de fazer isso é pra poucos, pois hoje a guerra no trânsito continua e será impossivel fazer isso mais uma vez.

Fotos minhas e do @maucantara
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