sexta-feira, 30 de julho de 2010

MTV (não) Debate

Essa semana participei do programa MTV Debate apresentado pelo Lobão, ao vivo na MTV. O tema foi "Carro e velocidade são feitiche para os jovens?", na mesa tava uma galera que faz "racha profissional" em autódromos e pessoas que (assim como eu) tambem acham que altas velocidades são responsáveis pela violência no trânsito.

Já de cara é possível ver a principal contradição entre os discurssos: um lado fala sobre a velocidade dentro de espaços estruturados pra isso e outro pensa e teme a velocidade em espaços públicos.

E foi assim durante todo o programa. Eu tentando puxar o assunto para o perigo das nossas vias serem feitas para os carros correrem (e como essas práticas podem influenciar na rua) enquanto o foco rondou o racha como prática esportiva legalizada.

No fim achei o "debate" fraco, sem conteúdo e totalmente fora do que havia sido proposto. Os pontos positivos ficaram na comparação entre duas campanhas de transito (uma inglesa e a brasileira) e algumas intervenções pontuais.

Mas não me surpreendeu tanto pq ja tinha sido alertada por alguns amigos que aquele formato não proporciona debates sérios!

Pra quem não viu, assista a integra aqui


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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Invasão em CURITIBA!



Aii galera
Amanhã embarcaremos rumo ao 3º encontro de bicicletadas do Brasil, em Curitiba.
Vai ser lindooooo.. e esse ano será bem especial pra mim pq ano passado eu quebrei o braço 1 SEMANA antes do bonde. Participei da bicicletada carregada num charrete e não desci a Serra da Graciosa :(

Vai ser questão de honra dessa vez

EBAAAA!!!!!!!!

Veja mais informações no blog Outras Vias



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tenho minha delicadeza

Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra, Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta, não sou freira nem sou puta
Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem

Sou rainha do meu tanque, sou pagu indignada no palanque
Fama de porra-louca, tudo bem, minha mãe é Maria ninguém
Não sou atriz, modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Bike Hype no ar

Fui surpreendida com essa campanha do Dia dos Pais, das lojas C&A:




Achei beeem legal ainda mais que vem com o conceito de "ganhe as ruas".

=)

terça-feira, 20 de julho de 2010

15 minutos de fama

como ja disseram por ai.. virei ciclocelebridade
kkkkkkkkkkkk
mentira ne..
mas a materia ficou realmente legal
eu, drielle e evelyn falando das pedalinas no jornal da gazeta


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ciclo(qualquercoisa)via da Sumaré

Já existe uma discussão bem polêmica sobre a real eficácia das ciclovias - aquelas vias segregadas e exclusivas para a bicicleta. Alguns acreditam que essas vias pioram o problema da falta de respeito com os ciclistas já que o motorista se acostuma a achar que lugar de bicicleta é somente naquele espaço.

Em contrapartida as ciclovias também servem de estímulo para o seu uso, pois facilitam e tornam seguros os deslocamentos em grandes e movimentadas avenidas. Porém (como todos sabem) é impossível ter ciclovias em 100% dos trajetos e em algum momento vai ser inevitável compartilhar com carros, motos e ônibus.
Enfim, nem quero adentrar no mérito da questão, isso é assunto pra outras conversas!

Fato é: bem ou mal existem algumas (raras) ciclovias na cidade de São Paulo e elas têm sido bastante comemoradas por alguns ciclistas. Mas convenhamos, de que adianta lutar tanto por um espaço se eles são feitos de forma amadora, sem planejamento cicloviário nem manutenção????

Sinceramente, tem coisas que é melhor nem começar a fazer. Um exemplo disso é a "ciclovia" da avenida Sumaré. Todos os dias eu passo por ela e não me conformo com o que vejo. Primeiro pq ela - na minha humilde opinião - já nasceu errada ali no canteiro central da avenida.

Implantar ciclovias em canteiros centrais é tirar espaço de calçadas para pedestres e de árvores. Se precisamos tirar espaço de alguém nessa cidade, é dos automóveis nas ruas. Parece coisa armengada, improvisada, "nas coxas". Pedalar ali é fazer downwill constante! Haja suspensão!
Nem vou falar que é um saco ter que enfrentar os (milhões de) cruzamentos que cortam a ciclovia o tempo todo........



Pra piorar a situação, quem precisa se deslocar por aquela avenida tem que escolher passar entre: a "cicloterra", faixa da direita compartilhando com os onibus e um asfalto RIDÍCULO, faixas dos carros no meio ou à esquerda na motofaixa. Resultado: todos os dias vejo mais bicicletas pedalando na faixa exclusiva para motos!!!!
Além de inviável é vergonhoso, ainda mais sabendo que a área está sob responsabilidade da Sub-Prefeitura da Lapa (em tese, amiga do ciclista).




segunda-feira, 12 de julho de 2010

Audax Boituva Parte 2: Surpresas e Superações

Assim que foi dada a largada o frio na barriga se espalhou pro corpo inteiro. Mas não era psicológico, tava frio de verdade! Perfuramos uma neblina linda e pedalamos dentro dela por uns bons minutos... frio frio frio, fumacinha na boca e dedos congelando!


Cheguei a colocar até meu corta-vento mas logo tava pingando de suor por dentro. Alguns quilômetro pedalamos em grupo, conversando, filmando o caminho, tirando fotos do visual que era incrivel. Mas a solidão era o destino e foi assim grande parte do percurso.


Vez por outra trombava com algum ciclista consertando pneu e era impressionante ver a solidariedade das pessoas, ninguém negava ajuda. A estrada tinha muito restos de asfalto, pedrinhas e arames, um desafio pedalar assim. Fora isso a Rodovia Castello Branco é bem movimentada, os caminhões passam muito rápido chegando até a desequilibrar.


A velocidade máxima permitida lá é de 120km/h. UM ABSURDO considerando que é uma região habitada, onde muita gente pedala como meio de transporte ou esporte. Não é raro ver a imprensa noticiando acidentes fatais por ali. Passei por crianças, idosos, famílias e até um cachorrinho perdido.
Enfim,
os 75km iniciais foram de reflexão, solidão, nostalgia. Pensava muito nos outros audaciosos. Onde estariam? Será que tava tudo bem? E a Jeanne, desistiu? Mandava msg no celular e ninguém respondia. Silêncio, silêncio, silêncio!


De repente eu e a Sarah estavamos pedalando juntas! Deu uma energia boa ter com que compartilhar as sensações. Chegamos no 1ºPC umas 11h da manhã, lá encontramos outros amigos e descansamos um pouco antes de partir rumo aos outros 75km de prova.

Até que Dona Sarah decidi não mais fazer 150km e sim os 300km!!! Fiquei assustada, pedi por tudo pra ela não ir. Em vão. A menina tava decidida e não tinha jeito de fazê-la desistir da idéia! E ela foi.... Foi com a Pantera (sua bicicleta de roda fixa).

Eu já estava na metade do Desafio, faltavam os outros 75km e me sentia super bem, mas mal sabia o que me esperava pela frente! As descidas viraram subidas, o sol rachava a cuca e o vento era adversário, pois assoprava contra a gente! A pedalada foi mais cansativa, mas nao menos legal.



Sem a preocupação do tempo, eu e outros amigos pudemos apreciar a paisagem, parar pra tirar mais fotos e até um super picnic incrível. Avistar a placa "Boituva 5km" deu um gás fenomenal. Na minha cabeça só pensava que aquela era a distância que fazia todos os dias, então ia chegar logo (isso não funciona sempre, pois esses 5km demoraram uma eternidade).

Concluir o Desafio 150km foi lindo, emocionante. Mas ver as amigas, Jeanne e Sarah, superando os próprios limites foi inexplicável. A primeira não pedala tanto depois que sofreu um assalto, ficou traumatizada mas nao desistiu da bike. Completou o desafio no seu ritmo e com muito louvor! A segunda fez os 300km com uma bicicleta considerada imprópria para o tipo de evento e mostrou que o limite está na cabeça de cada um. Chegou às 3h da manhã, dentro do tempo máximo e recebeu mil elogios (mesmo quem a chamou de maluca assumiu que isso também era um elogio, me incluo nessa).


Só sobraram ótimas histórias e muitos vídeos pra editar. Meu computador, tadinho, já tem tanto material que mal consegue responder aos comandos no tempo. Só tenho a agradecer aos organizadores pela disposição e aos amigos pela energia. O próximo é em agosto, 400km, só pode participar quem fez os 300km (+ a Sarah, pessoa de quem nao duvido nunca mais). Eu ficarei esperando a etapa de 200km, super ansiosa e já com muito frio na barriga.


Fotos minhas, do Bruno Gola e da Sarinha
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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mulher e ciclista no caos urbano


Dia 11 de julho (final da copa do mundo) a partir das 18h, as Pedalinas vão ministrar uma palestra muito legal no Espaço Impróprio, Rua Dona Antônia de Queiroz, 40, esquina com a Augusta.


O tema é "Ser frágil? Mulher e Ciclista no espaço urbano" e eu também estarei lá trocando experiência, tirando dúvidas e tentando estimular mais pessoas a andar de bike!!!


Quem puder comparecer pra dar uma força será muito benvindo..