terça-feira, 16 de março de 2010

Pedalada Pelada tira da rotina as ruas de São Paulo











Apesar de não ter sido contabilizado oficialmente, o numero de ciclistas reunidos no último final de semana na Av. Paulista superou as expectativas. Esta edição do World Naked Bike Ride não teve muita divulgação e pouco se discutiu sobre qualquer ação relacionada ao encontro, o que garantiu uma participação maior apenas daqueles mais engajados e dispostos a ficarem pelados pela causa.



O WNBR 2010 tinha mais ciclistas que jornalistas, diferentemente das outras edições, tornando o clima entre os participantes mais amistoso e à vontade sem a presença massante da imprensa apelativa. Em contrapartida o contingente da PM praticamente triplicou, de acordo com os ciclistas que participaram nos outros anos, mesmo sendo uma causa de caráter pacífico.


A diversidade de cores, brilhos e a criatividade sobre as frases pintadas nos corpos refletiam o verdadeiro espírito da manifestação. “Mais amor, menos motor”, “Quero chegar vivo em casa”, “Respeite o ciclista”, “Como nus sentimos”, “O carro é seu, mas a rua é de todos”, “Sua pressa vale uma vida?”, foram algumas mensagens passadas utilizando o próprio corpo como meio.



O trajeto foi definido na hora dependendo apenas da vontade dos presentes e do calor do momento (e que calor!), por isso houve atraso na saída e algumas disperções de grupos. Mesmo com a PM à tira-colo muitos pedalaram pelados e cada vez mais gente entra no clima. O lema é 'Tão nu quanto ousar' , pois a nudez não é obrigatória, de obrigatório só respeito e alegria. E foi assim que a Pedalada Pelada ou Peladada manteve-se durante quase duas horas de pedal pelas ruas de São Paulo, deixando muitos sorrisos e colorido por onde passava.

A esperança de quem participa de protestos como o World Naked Bike Ride (ou simplesmente Pedalada Pelada) é de um dia termos uma cidade voltada para o bem estar das pessoas, com mais verde, menos poluição, mais vida, menos acidentes, mais humanos e menos máquinas. O nu é só uma forma de chamar atenção para a causa, de mostrar que ciclistas tambem existem no trânsito e merecem segurança, respeito e políticas públicas eficientes, sem falar na liberdade e quebra de tabus ao tirar a roupa fora de momentos “socialmente aceitos” como carnaval e parada gay.






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Créditos das que estão neste post: Carlos Alkmin, Panoptico, Maucantara

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